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Para representantes das empresas, é preciso saber vender os projetos internamente e tangibilizar resultados

 

No encerramento do terceiro dia da O&G TechWeek, o vice-presidente de Indústria Digital da Siemens Brasil, Pablo Roberto Fava, apresentou os sete princípios da empresa para uma transição digital eficaz: experiência, foco, velocidade, recursos, confiança, coragem e relacionamento. Com as necessidades de capacitação e de mudanças culturais no centro dos debates, Fava deixou uma mensagem otimista sobre o Brasil.

“Já fizemos um par de rodadas de Hackathons no Brasil e descobri que temos por aqui jovens muito inteligentes. Para mim, pessoalmente, foi um aprendizado muito interessante”, disse, ao abordar a transformação digital nas empresas.

No mesmo painel, Augusto Borella, gerente geral de transformação digital da Petrobras, disse que é preciso inspirar as pessoas a resolver problemas inovando em processos. Segundo ele, é importante continuar inovando com pesquisa e desenvolvimento, mas é essencial inovar em processos. Para isso, sugeriu a criação de ambientes de teste do tipo sandbox, onde seja possível construir ambientes de experimentação. “É importante poder falhar rápido para consertar rápido”, defendeu.

Os dois destacaram a importância de os profissionais se prepararem para conseguirem viabilizar mesmo aqueles projetos que não têm resultados imediatos tangíveis, que nem sempre são bem acolhidos pelos gestores. “Precisamos estar preparados para vender bem. Às vezes, a gente não vende bem”, disse Borella, frisando que há um esforço na Petrobras para criar indicadores que “tangibilizem” os projetos, mas que todas as empresas hoje têm canais para avaliar essas propostas menos claras.

 

Casos e tecnologias

Os painéis da tarde desta quarta-feira também foram marcados pela apresentação de casos e de tecnologias que estão sendo aplicadas nas companhias e por fornecedores como Brabauer, Samson Control, Leser e Festo.

Coube ao gerente de portfólio para América Latina da Festo, José Folha Mós Neto, abordar um dos maiores dilemas da inovação: a questão ética. Ele apresentou uma mão biônica, desenvolvida a partir de tecnologias que foram testadas em drones desenvolvidos pela empresa inspirados em animais, como morcegos, elefantes, formigas etc.

“Temos essa área de biônicos, mas até hoje não vendemos um equipamento. Não falta interesse. Somos procurados por empresas e até por escolas de samba, mas não é uma área comercial. É uma área de pesquisa”, disse, frisando que o protótipo pode ajudar muitas pessoas, mas que é preciso ficar atento. “Ninguém pode prever o futuro, mas é importante se preocupar com educação, com os valores que vão nortear esse futuro”, completou.

 

Jogos 

A chamada gamificação, estratégia de transformar soluções em jogos, também é destaque na O&G TechWeek. A Petrobras apresentou o FPSO 7, um jogo para o corpo de funcionários que traz a experiência de realidade imersiva para prevenir situações de riscos nas plataformas de petróleo. Aveva, Firjan e Repsol apresentaram exemplos de realidade virtual e de realidade aumentada que reproduzem ambientes operacionais. Já a Microsoft, trouxe o software XHQ, que atua como um “mapa” de gestão de ativos, monitoramento de equipamentos e plantas.

 

O&G Techweek 2019 termina nesta quinta-feira (30), no AQWA Corporate, na região portuária do Rio de Janeiro com palestras, rodadas tecnológicas, hackathons e sessões de ideação.

A TechWeek é patrocinada pela Petrobras, Tishman Speyer, Fábrica de Startups, Repsol Sinopec, Siemens, Aker Solutions, Aveva, Deloitte, Hexagon, KPMG, Pepperl+Fuchs, Petronet, PwC e Innovaphone.

Veja a programação completa do evento em http://www.ogtechweek.com.br

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