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Eberaldo Neto, presidente do IBP, abriu o 1º Young Summit Rio Oil & Gas, que pretende desmistificar a indústria de óleo e gás para jovens profissionais e estudantes

O primeiro dia do Young Summit Rio Oil & Gas, iniciativa inédita do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) voltado para estudantes e jovens profissionais, foi marcado pela troca de ideias, de experiências e pelas discussões sobre o futuro do setor de óleo e gás, que é construído hoje. Eberaldo de Almeida Neto, presidente do IBP, abriu a conferência destacando a satisfação de ver que o evento pretende dar aos jovens a oportunidade de se verem em uma indústria que seja um ótimo lugar para construir carreira e fazer diferença.

Em sua fala de abertura, Eberaldo disse que a longevidade do setor está ligada à capacidade de ouvir os jovens. “Escutá-los é necessário para que a indústria de energia se transforme mais rapidamente e perdure”, ressaltou. Para atingir este objetivo, afirmou que há espaço para profissionais de diferentes carreiras como, por exemplo, economistas, advogados, comunicadores e psicólogos.

Carla Diniz, chair do evento e diretora de Gente e Gestão da NTS, ao dar início aos primeiros painéis do dia, comentou que a troca entre as gerações é muito importante para o setor. “Na indústria de O&G, as pessoas trabalham mais que na média das outras indústrias, demoram mais a se aposentar e acumulam vasto conhecimento. Então, é necessário dialogar com a turma que entra agora no mercado, que são jovens muito necessários e que vão participar do intercâmbio entre gerações”, afirmou Carla.

O primeiro dia do evento

Nesta terça-feira (30), ao longo do primeiro dia do Young Summit Rio Oil & Gas, foram realizados diversos painéis, que abordaram os quatro pilares da programação: Diversidade & Inclusão; Carreira; Sustentabilidade; e Empreendedorismo & Transformação Digital.

Pela manhã, o painel “As Transformações da Indústria de O&G” discutiu de que maneira será feita a transição energética, com reflexões sobre a complexidade desta mudança, passando por uma análise do Brasil neste processo, até a expectativa da nova geração nesse mercado que está em profunda transformação.

Jorge Camargo, membro do Conselho de Administração do IBP, afirmou que uma das opções para a transição energética é a indústria continuar atuando, mas com esforços para conter a emissão de gases. Este contexto oferece uma sólida oportunidade para os jovens. “A nova geração terá o privilégio de enfrentar esse desafio. Os jovens terão uma tarefa gigantesca pela frente”, afirmou o executivo.

O moderador do painel, Roberto Vianna, gerente de projetos na área de Desenvolvimento de Negócios de Energia Renovável da Equinor, pontuou que a demanda por combustíveis fósseis está chegando a seu ápice. Com isso, as energias renováveis entram para dividir a hegemonia rumo a um mercado de baixo carbono. “As empresas da indústria petrolífera estão se tornado empresas de energia”, comentou Vianna.

Marco Aurélio Fonseca, vice-presidente de Sustentabilidade da Ocyan, afirmou que a indústria petrolífera não deve ser vista como a grande vilã do meio ambiente. “Grande parte das emissões vem do desmatamento de florestas e uso inadequado do solo. Esse é o grande vilão, não a indústria”, defendeu.

Por sua vez, Sofia Euthymiou, gestora de Projetos Globais e Soluções Renováveis da Shell Brasil e coordenadora de Eventos do Comitê Jovem do IBP, afirmou que os jovens podem trabalhar no setor óleo e gás de forma promissora. “O jovem pode trabalhar na indústria de óleo e gás e mesmo que não atue diretamente com fontes renováveis, vai estar num setor que busca a redução das emissões. Assim, o jovem ajudará a indústria, o meio ambiente e a sociedade como um todo”, disse a executiva.

Painel: Diversidade no dia a dia das Empresas

Assim como as demais indústrias, o setor de petróleo e gás (O&G) também passa pela análise dos jovens profissionais, que agora escolhem seu local de trabalho olhando os valores das corporações, o que envolve a diversidade. Por isso, o segmento desenvolve ações cada vez mais voltadas à inclusão de raça, gênero e pessoas com deficiência. Este assunto foi debatido no painel “Diversidade No Dia A Dia Das Empresas”, que teve a participação de convidados de empresas de O&G para responder às dúvidas dos jovens e mostrar como as companhias estão abertas a propostas de mudanças, alinhando suas ações com as expectativas dos futuros profissionais.

Daniele Lemos, gerente de RH da Repsol Sinopec, afirmou que o tema diversidade tem cada vez mais relevância e ocupa lugar estratégico na empresa. Este ano, foi criado um Comitê de Diversidade, que reúne vários segmentos, entre eles o de Pessoas com Deficiência (PcD).

Maurício Santos, responsável pela Área de Relacionamento com Empregados e com a Indústria da Shell, disse que a empresa se baseia em três conceitos: integridade, honestidade e respeito às pessoas, o que reflete os princípios da diversidade. O executivo exemplificou citando a promoção de acessibilidade para cadeirantes na nova sede, no centro do Rio de Janeiro.

Eduarda Pina, diretora na TotalEnergies E&P, disse que um dos pilares da empresa é a inclusão e a preocupação com as PcD. “Fizemos um curso com a Microsoft para que os colaboradores pudessem entender melhor as tecnologias para aumentar acessibilidades”, afirmou a executiva. Ela anunciou que está sendo planejado para 3 de dezembro uma palestra para as PcD, que irão apresentar seu dia a dia, seus desafios e as vantagens que veem de trabalhar na empresa.

A sessão deste painel teve a participação de um público jovem e diverso composto por Thalita Gelenske, fundadora da BlendEdu, na mediação, além de Jonathan Cardoso, consultor sobre Inclusão e Acessibilidade; Anna Bárbara, estudante de Engenharia Mecânica da UFRJ; Vitoria Leal, pesquisadora de Iniciação Científica da UFAM; e Nick Nagari, influenciador digital.

Todas as sessões foram comentadas diretamente do estúdio montado na zona portuária do Rio de Janeiro, com apresentação de Thaise Temoteo, analista de Comissões e Gestão do Conhecimento; Victor Alves, coordenador de Treinamento na TechnipFMC; e Patricia Grabowsky, gerente de Inovação na Ocyan. O time ainda recebeu convidados para conversar sobre as temáticas dos painéis, como Lineu Fachin, Head of Human & Organizational Development da Petrobras.

O Young Summit segue até o dia 02 de dezembro e pode ser acompanhado gratuitamente da plataforma da Rio Oil & Gas. O evento é patrocinado por Petrobras, TotalEnergies, NTS, Prumo e TechnipFMC, além de contar com a participação do Governo Federal.