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No último dia 07 de novembro, o IBP recebeu profissionais e estudantes da área de automação e instrumentação para o 2º Encontro de Especialistas de 2018. Com a mediação de Ulisses Pires, da Comissão de Instrumentação e Automação, o encontro teve, como pauta principal, o gerenciamento de riscos e segurança cibernética nos projetos de automação no setor de óleo e gás.

Para Guilherme Neves, CSO da Doutornet Tecnologia, com a indústria 4.0 e a transformação digital, as redes de automação estão cada vez mais conectadas e acessíveis, o que também abre espaço para ataques cibernéticos, que podem ter consequências físicas ou ambientais. Ele ainda ressaltou a diferença entre os sistemas de automação e os corporativos.

“Não dá para largar na mão de TI e falar: ‘toma conta dessa segurança aqui’. As normas que ele conhece não se aplicam. Então, a gente tem normas especificas, precisa ter um comitê multidisciplinar para dizer onde está o risco, separar a planta em zonas de segurança e, para cada zona de segurança, ter uma política diferente”, ele defendeu.

Estellito Rangel Júnior, engenheiro e consultor, complementou: “A gente vê que realmente muita coisa precisa ser feita para termos uma planta realmente segura. Hoje em dia, conforme avança a tecnologia, parece que os riscos aumentam, em vez de diminuir”.

O especialista chamou atenção para o gerenciamento de riscos e pontos que precisam ser atendidos em um Programa de Gestão de Riscos de Explosões (PGRE). Para ele, apesar de as normas regulamentadoras brasileiras não contemplarem um documento de previsão de explosões como a diretriz europeia, elas incluem tópicos referentes à gestão desses riscos.

“Existe um conjunto de informações dispersas nos nossos documentos técnicos e legais que dão esse norte em relação à prevenção de explosões. E justamente o programa que a gente está falando aqui é exatamente complementar a essas informações que estão nesse documento disperso para nós termos um foco no gerenciamento de riscos de explosões”, disse.