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Com ainda centenas bloqueios totais e parciais nas estradas, o IBP manifesta sua grande preocupação com o risco real de desabastecimento de combustíveis em alguns polos em todo o país, com impacto inevitável na vida das pessoas e na atividade econômica.

Em paralelo à atuação das autoridades de segurança, imprescindível para o desbloqueio das estradas, o IBP vem contribuindo com órgãos do governo e entidades do setor buscando informar em tempo real a situação de cada polo de abastecimento e debater medidas mitigatórias que possam ser ao mesmo tempo seguras e eficientes para todo o sistema de abastecimento nacional.

Nesse sentido, é fundamental que os agentes do setor contribuam com sua experiência operacional e evitem lançar medidas que, ainda que com a expectativas positivas, possam desorganizar a cadeia em um momento crítico, sem causar impactos relevantes no abastecimento.

Entre as medidas iniciais publicadas pela ANP na noite de ontem, vemos na direção certa a liberação dos estoques mínimos e a flexibilização de espaço entre distribuidores, de forma a agilizar e otimizar a gestão dos estoques. Por outro lado, nos preocupam a liberação de marcas no GLP e flexibilização de venda direta de gasolina e diesel aos postos, medidas já testadas e que pouco contribuíram em situações anteriores. Ao contrário, geram ineficiência operacional, insegurança nas relações entre os agentes da cadeia e criam espaço para eventuais abusos e distorções difíceis de fiscalizar.

Reforçamos a necessidade de se avaliar com urgência e profundidade a flexibilização do percentual de Biodiesel no Diesel a ser comercializado, haja vista a dificuldade de fazer chegar esses produtos nas bases de mistura das distribuidoras, atrasando a comercialização do Diesel, já crítica em vários pontos do país.

O IBP acredita ser hora de buscar soluções de forma coordenada e se coloca, como de fato tem feito, à disposição para dialogar com as autoridades e com a sociedade para cumprir seu papel na segurança do abastecimento do país.