A importância de formar novas lideranças femininas no setor de energia
A transformação da indústria de energia passa, necessariamente, pela transformação das pessoas que a lideram. Em um setor historicamente marcado pela baixa presença feminina, promover a ascensão de mulheres a posições estratégicas não é apenas uma questão de equidade, é um fator determinante para competitividade, inovação e sustentabilidade de longo prazo. De acordo com estudo da McKinsey & Company, empresas com maior diversidade de gênero em suas equipes executivas têm 27% mais probabilidade de criar valor e apresentar melhores resultados financeiros, reforçando que equipes diversas leem melhor a complexidade do mundo atual e tomam decisões mais eficazes.
Apesar dessa evidência, o cenário ainda avança em passos lentos. Dados da Boston Consulting Group (BCG) e do World Petroleum Council (WPC) mostram que, embora as mulheres representem cerca de 27% das ingressantes no setor de óleo e gás, apenas 17% chegam aos cargos executivos. Esse funil evidencia um gargalo que não se resolve apenas com contratações, ele exige políticas estruturadas de desenvolvimento, investimento contínuo em capacitação e a criação de ambientes que apoiem a jornada feminina em direção à liderança.
A representatividade também desempenha um papel central na construção de novas referências. A ausência de mulheres em posições de decisão envia um sinal silencioso, porém potente, para as novas gerações: de que tais espaços não lhes pertencem. Reverter esse ciclo demanda visibilidade, oportunidades e exemplos reais que inspiram e mostram caminhos possíveis.
Além das iniciativas corporativas, é essencial avançar em políticas de formação e desenvolvimento de carreira que atendam às necessidades específicas das mulheres no setor. É preciso criar mecanismos concretos que ampliem o acesso, reduzam barreiras e valorizem trajetórias diversas. Em um país que ocupa o 72ª lugar no ranking global de desigualdade de gênero, de acordo com o Fórum Econômico Mundial de 2025, esse movimento se torna ainda mais urgente.
Nesse contexto, preparar lideranças femininas para o futuro da energia significa olhar para além da técnica. Soft skills como autoliderança, comunicação assertiva, visão estratégica e inteligência emocional são fundamentais para navegar um ambiente em rápida transformação, da transição energética à digitalização e às novas competências exigidas pelo mercado. Capacitar mulheres nesses campos é um passo decisivo para construir equipes mais plurais, inovadoras e preparadas para os desafios dos próximos anos.
É para responder a esse gargalo, e ampliar o protagonismo feminino em toda a cadeia do setor, que a UnIBP abre a segunda edição do programa Elas Movem a Energia. A iniciativa oferece uma jornada estruturada de mentorias individuais e em grupo, oficinas práticas e interação com líderes da indústria, apoiando mulheres que desejam crescer profissionalmente e se preparar para ocupar posições de liderança. As inscrições já estão abertas na Loja da UnIBP. Clique aqui e saiba mais.