Vanguarda tecnológica em campos maduros, CCUS e diversidade marcam tarde da OTC Brasil 2025
Painéis destacam como inovações em eficiência operacional, descarbonização e capital humano são pilares para a sustentabilidade da indústria de O&G
Rio de Janeiro, 28 de outubro de 2025 – Os painéis da tarde do primeiro dia da OTC Brasil 2025 colocaram em foco três pilares estratégicos para o futuro da energia: eficiência operacional, descarbonização e capital humano. Especialistas detalharam como o setor avança no aumento da produção em campos maduros, se consolida como líder global em Captura, Utilização e Armazenamento de Carbono (CCUS) e debate abertamente os desafios para a equidade de gênero.
No painel sobre campos maduros, o consenso foi de que a tecnologia e a gestão estratégica estão gerando valor bilionário ao otimizar ativos que já possuem infraestrutura consolidada. Maria Assunção, gerente de Reservatórios da Petrobras, citou o exemplo do campo de Marlin, onde o fator de recuperação saltou de 20% para 40%, com expectativa de superar 50%. A Karoon Energy destacou que intervenções no Campo de Baúna dobraram as reservas do ativo, enquanto a BW Energy, ao otimizar custos no Polo Golfinho, projeta aumentar o fator de recuperação de óleo para mais de 40%.
Na frente da descarbonização, o painel "CCUS and Initiatives to Reach the Net Zero" confirmou que o Brasil já possui tecnologia comprovada, faltando agora consolidar a regulamentação. A Petrobras se destaca globalmente: um projeto da estatal no pré-sal foi responsável por 25% de todo o CO2 armazenado no mundo em 2024. A ANP informou que já avalia como aplicar normativos de P&D a projetos de CCS, e gigantes como a TotalEnergies reforçaram o investimento na área, com US$ 100 milhões anuais em seu portfólio global.
O pilar humano foi tema do painel "Mulheres na Vanguarda da Inovação Energética". Embora haja avanços, como na Petrobras, onde a força de trabalho feminina em cargos de gestão subiu de 20% para 24% em três anos e o Conselho de Diretores atingiu maioria feminina pela primeira vez, o setor reconhece desafios. Judith Villa Ponte e Suhana Sidik, Judith Vila Pont, Chief Operations Officer da Repsol Sinopec e Country Head da Petronas no Brasil, respectivamente, apontaram que ainda existem "barreiras invisíveis" em ambientes informais e uma queda na representatividade feminina em cargos de liderança no setor.
A OTC Brasil 2025 acontece até 30 de outubro no ExpoRio, reunindo os principais especialistas do setor para debater o futuro da energia offshore.
Sobre a OTC Brasil 2025
A OTC Brasil 2025 é realizada no ExpoRio Cidade Nova de 28 a 30 de outubro e conta com o patrocínio Master da Petrobras; patrocínio Diamond das empresas Shell e TotalEnergies; patrocínio Platinum da Equinor, ExxonMobil, Petronas, PRIO e TechnipFMC; patrocínio Ouro da Brava, Chevron e Repsol Sinopec; patrocínio Prata da bp; e patrocínio Bronze da OceanPact, PERBRAS, Vallourec e Tenaris. A EcoPetrol Brasil é patrocinadora do Club Offshore, o BTG Pactual Advisors é o Banco Oficial do evento e a Secretaria de Energia e Economia do Mar do Governo do Estado do Rio de Janeiro é Parceira Estratégica. A United Airlines é a companhia aérea oficial da OTC Brasil e a Parceira de Conhecimento é a S&P Global Commodity Insights. O B&T XP é o Corretor Oficial de Câmbio; a Ambipar é a Parceira Oficial de Compensação de Emissões; e a Sociedade Brasileira de Engenharia Naval (Sobena) é Associação Convidada. O evento ainda conta com os seguintes parceiros de mídia: eixos, Petro&Química, Brasil Energia, Tn Petróleo, Upstream, Offshore e Oil & Gas Journal. O evento conta ainda com o Apoio Institucional da ABEEMAR, ABEMI, ABESPETRO, ABIMAQ, ABPIP, ABRACO, AHK Mercosul, Arpel, CESAR, EIC, Energy Workforce & Technology Council, Firjan SENAI SESI, IADC, IAPG, Rede Petro ES, SBGf, Syndarma e Abeam, e Visit Rio.