Produtoras e distribuidoras de combustíveis montam força-tarefa para garantir abastecimento
Com apoio do IBP, plano de contingência foi ativado imediatamente após interdição de refinaria que atendia 20% do mercado fluminense e 10% do paulista
Numa ação coordenada de resposta à interdição cautelar da refinaria Refit pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), junto com a Receita Federal e a Marinha na última sexta-feira (26), as empresas produtoras, transportadoras e distribuidoras de combustíveis, com o apoio do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), ativaram um plano de contingência para garantir o pleno abastecimento de combustíveis nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
De acordo com avaliações do setor, a unidade paralisada era responsável pelo suprimento de aproximadamente 20% do mercado de combustíveis do Rio de Janeiro e 10% do de São Paulo, especialmente de gasolina. Uma força-tarefa foi imediatamente implementada e opera 24 horas por dia para assegurar que não haja qualquer impacto no fornecimento de gasolina, diesel e outros derivados aos consumidores finais e clientes industriais.
A operação logística se baseia em duas frentes principais: o aumento da carga de processamento da Refinaria Duque de Caxias (Reduc/Petrobras) e a mobilização de uma frota adicional de cerca de 200 caminhões por dia para transportar produtos a partir das refinarias de São Paulo. O esforço visa atender com prioridade as regiões que tinham maior dependência da refinaria interditada, como a Baixada Fluminense e o Norte Fluminense.
“A resposta do nosso setor foi imediata e coordenada. Queremos assegurar à população do Rio de Janeiro e de São Paulo que não haverá falta de produtos. Nossa força-tarefa logística trabalha para que cada posto e cada consumidor industrial permaneça abastecido sem interrupções”, afirma o IBP. “Este momento reforça a importância de um mercado legal, onde todos os agentes cumprem as mesmas regras, garantindo uma competição justa e segura para a sociedade.”
Desde o ocorrido, uma sala de situação coordenada pelo IBP monitora o fornecimento em tempo real para identificar gargalos, permitir a colaboração entre as empresas e facilitar a comunicação com as autoridades públicas, garantindo a normalidade do mercado.
A “sala de situação” do IBP é acionada quando há ocorrências no mercado que possam ocasionar dificuldades de abastecimento em alguma região do Brasil. “Salas de situação“ já foram montadas no passado durante as cheias no Rio Grande do Sul e secas que prejudicaram a vazão dos Rios Madeira e Tapajós.