IBP defende adoção de critérios globais para uma transição energética justa
Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustível (IBP) sugere que métricas como intensidade de carbono e competitividade guiem a transição, garantindo segurança energética, desenvolvimento socioeconômico e evitando a pobreza energética
O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), principal entidade do setor, marcará presença na 30ª Conferência das Partes s (COP30), em Belém (PA), de 10 a 21 de novembro, com o objetivo central de reforçar o papel fundamental dos setores de óleo, gás e biocombustíveis em uma transição energética justa, ordenada e equitativa.
O Instituto defende que a transição energética deve se basear em métricas claras, como a competitividade de custo, maturidade tecnológica, perfil de emissões e menor intensidade de carbono por unidade de energia produzida.
"A COP28 definiu uma maior participação das energias renováveis e eficiência energética, e agora, na COP30, o Brasil quer propor a discussão sobre como fazer isso de forma justa e segura," afirma Roberto Ardenghy, presidente do IBP. "A transição energética é uma maratona, não uma corrida de 100 metros. O foco deve ser na redução da demanda e das emissões e priorizar a descarbonização, e não em uma mera destruição da oferta que pode gerar inflação e pobreza energética, especialmente em países em desenvolvimento".
Investimento e inovação para o futuro
O IBP defende que o petróleo continuará a ter um papel relevante por décadas e que os recursos e a capacidade de investimento e inovação do setor são vitais para financiar as novas tecnologias de descarbonização.
● O setor de O&G no Brasil é um dos maiores financiadores de pesquisas na área energética e também no pagamento de impostos e royalties, e essa receita é crucial para financiar a própria transição energética do país.
● O petróleo do pré-sal é um ativo estratégico, sendo produzido com uma das menores intensidades de carbono do mundo (cerca de 9 kg CO₂e/boe na área do Pré Sal), o que o posiciona favoravelmente em qualquer critério de transição.
● O setor investe em tecnologias-chave para o Net Zero, como a Captura e Armazenamento de Carbono (CCS), biocombustíveis avançados e hidrogênio.
"O Brasil tem uma posição única. Nossa matriz energética já é uma das mais renováveis do mundo e o setor de O&G quer ser parte da solução, investindo em descarbonização, em soluções baseadas na natureza e em tecnologias de ponta", conclui Ardenghy.