Discurso do Presidente do IBP na abertura da OTC Brasil 2025
Bom dia a todos.
Em nome do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis sejam bem-vindos à OTC Brasil 2025.
Gostaria de iniciar minhas palavras com uma digressão. A história nos ensina algumas lições. Nas sábias palavras de um filósofo grego: “a história é testemunha do passado, luz da verdade, vida da memória e maestra do futuro”. Suas lições nos permitem entender o presente e nos preparar para o futuro.
Digo isso pensando num dos grandes geólogos brasileiros, o saudoso Giuseppe Bacoccoli, que, sentado na frente dos seus alunos na universidade Federal do Rio de Janeiro, lá no início dos anos 2000, discorria sobre uma teoria, naquele momento apenas na mente fértil dos geólogos, a respeito da existência de uma possível acumulação de petróleo e gás em camadas mais profundas da bacia de Campos, trapeadas por uma grossa camada de sal. Esta tese não apenas se mostrou correta, como extremamente oportuna no contexto daquela época.
Alguns anos depois, graças a esse esforço exploratório, à capacidade da engenharia brasileira, à presença de Petrobras e seus parceiros, houve a maior descoberta de petróleo da década e que, hoje, responde por mais de 75% da produção do país: estou falando evidentemente do pré-sal brasileiro.
No ano passado, esta incrível reserva gerou para a balança comercial brasileira um saldo de US$36 bilhões. Foi o principal produto exportado pelo Brasil, criando empregos e renda para centenas de milhares de brasileiros. Se a história nos ensina alguma coisa, entenderemos a importância de continuarmos a atividade exploratória no Brasil, já que nossas duas principais zonas de produção (as bacias de Campos e Santos) caminham inexoravelmente para o amadurecimento.
Imaginem, senhores e senhoras, em que situação estaríamos hoje se não tivéssemos feito esse esforço exploratório e descoberto essa grande reserva? Seríamos hoje grandes importadores de petróleo e gás e dependentes dos humores e incertezas da complexa e incerta cena geopolítica internacional.
É nesse contexto, com as lições aprendidas, que nos lançamos hoje na aventura de buscarmos novas reservas, tanto em terra quanto no mar, com destaque em 2 bacias, como a do Parecis, de Pelotas, e não menos importantes, as da Margem Equatorial Brasileira.
Fazemos isso com enorme senso de responsabilidade. Apresentando uma indústria madura, com um excelente retrospecto de eficiência operacional e enorme preocupação ambiental. Nesse sentido reconhecemos também o papel relevante dos órgãos reguladores brasileiros, da ANP e do IBAMA, que souberam orientar e dialogar com as empresas para que essa atividade seja feita com toda segurança e cautela e com as compensações devidas, como tem de ser.
Esta aliás é uma das fortalezas do sistema brasileiro e que fez com que tenhamos destaque hoje na cena mundial. A produção de petróleo e gás neste país se dá no ambiente de constante diálogo institucional, com independência técnica dos reguladores e sem considerar fatores exógenos alheios ao processo.
É nesse contexto, que se inicia hoje a OTC Brasil. Uma vitrine do que o país tem de mais avançado em tecnologia offshore. Um espaço de conexão entre a expertise brasileira e o futuro da energia global.
Este é também um momento de afirmação da nossa liderança em inovação, sustentabilidade e diálogo internacional sobre energia. Assim ao encerrar essas breves palavras, desejo a todos que aproveitem ao máximo as oportunidades trazidas por este evento que o IBP realiza no Brasil em parceria de muitos anos com a OTC.
Nesses três dias, vocês terão a oportunidade de testemunhar e vivenciar o que existe de melhor nessa indústria.
Aproveitem!
Muito obrigado.
Rio de Janeiro, 28 de outubro de 2025
