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Retomada em formato presencial deixa legado para a cidade do Rio de Janeiro com reforma do Armazém Kobra. No encerramento, IBP premiou profissionais que contribuíram para o desenvolvimento da indústria de óleo e gás

A 20ª edição da Rio Oil & Gas encerrou com número recorde de participações: mais de 58 mil visitantes durante os quatro dias do evento que contou com mais de 400 expositores, reunidos em um espaço de mais de 51 mil m2, na maior ocupação no Boulevard Olímpico desde as Olimpíadas Rio 2016.

No total foram 268 horas de conteúdo presencial e 450 online. “Deixamos um legado muito importante de conhecimento para o nosso setor, nessa retomada no formato presencial, em um local acessível e democrático”, ressaltou Fernanda Delgado, diretora-executiva Corporativa do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, o IBP, na cerimônia de encerramento do evento.

Pela primeira vez, a Rio Oil & Gas foi realizada em 6 pavilhões do Boulevard Olímpico, local que deve sediar a próxima edição do evento 2024, segundo Delgado.

O engenheiro José Formigli recebeu, ao final do evento, o Prêmio Leopoldo Miguez, por sua contribuição para a indústria brasileira de óleo e gás. O IBP também entregou o Prêmio Plínio Cantanhede para os melhores trabalhos técnicos, em seis categorias (upstream, mid e dowstream, gás natural e energia, transformação digital, ESG e transição energética), entre mais de 500 inscritos.

ABERTURA DO REFINO

O presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, destacou o papel que a companhia tem a contribuir na abertura do setor e do processo de transição energética. O executivo participou virtualmente do painel CEO Talks, na Rio Oil & Gas 2022.

“A Petrobras quer seguir adiante no caminho da abertura o mercado, da atração do capital privado e das boas práticas de governança. Temos diversos motivos para sermos protagonista na transição energética que é fundamental para o planeta”, ressaltou Paes de Andrade.

Para Rafael Chaves, diretor de relacionamento institucional da Petrobras, a “sustentabilidade é mandatória na Petrobras e temos nossas metas alinhadas com o Acordo de Paris. Enxergamos a produção de petróleo como sustentável, ainda mais em combinação com outras fontes de energia no nosso portfólio”, afirmou Chaves.

O mercado de combustíveis passa por uma mudança histórica com o recente movimento de venda das primeiras refinarias da Petrobras e a promoção da livre concorrência na atividade de refino no país.

“A abertura do mercado traz competitividade, investimentos, novos agentes, cria condição e desenvolvimento do mercado de forma bastante positiva”, revela Leonardo Linden, CEO da Ipiranga, que nos últimos meses, investiu mais de R$1 bilhão para ajustar a demanda de mercado, capacidade logística e sua segurança de operação.

Para o Luiz de Mendonça, CEO da Acelen, a operadora da primeira refinaria privatizada de petróleo do Brasil, a companhia tem ampliado o portfólio de produtos, “criando dinamismo e inserindo a refinaria num contexto de competitividade internacional muito mais amplo”.

Os desafios para consolidação deste cenário competitivo do setor foram debatidos na última edição do painel Diálogos da Rio Oil & Gas.

CENÁRIO GEOPOLÍTICO

O cenário geopolítico mundial tem demandado atenção especial das empresas de energia. A norueguesa Equinor, por exemplo, está atuando para substituir o gás da Rússia. “Estamos focados para abrir todas as válvulas, acessar todos os gasodutos e mudar produções de óleo para o gás. Vamos entregar este ano 10% a mais de gás do que em 2021”, relatou Eirik Wærness, vice-presidente sênior e economista-chefe da norueguesa Equinor, que participou do painel “Riscos geopolíticos, desafios e oportunidades para o Brasil”, no último dia do evento.

Robert Johnston, especialista em energia da Columbia University (Nova York), ressaltou que o cenário oferece muitas oportunidades para o Brasil, que ele vê como um líder setorial em bioenergia e minerais críticos. “Diferentemente de outros países, o Brasil tem uma matriz de energias renováveis plural e o óleo nacional é mais leve e menos poluidor. Temos muitas oportunidades a explorar neste momento”, disse que Fernanda Delgado, diretora-executiva Corporativa, do IBP.

ONSHORE

Para o Diretor de Exploração e Produção da Eneva, Frederico Miranda, o Ciclo da Oferta Permanente pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), precisam se tornar mais frequentes e dinâmicas. “A ANP tem tido um papel fundamental para o desenvolvimento das bacias onshore no país. A exploração é fundamental nesse novo ciclo que estamos vivendo”, disse do painel “O novo mapa de exploração onshore”, nesta quinta-feira, na Rio Oil & Gas.

Presente no painel, a COO da Origem Energia, Luna Viana também defendeu a continuidade de ofertas pela agência reguladora. “Entendemos que esses leilões são de suma importância para nortear o onshore nos próximos anos.”

De acordo com o CEO da 3R Petroleum, Ricardo Savini, a grande oportunidade das empresas que adquiriram campos no processo de desinvestimento da Petrobras é elevar o fator de recuperação dos poços. O executivo participou, ao lado de Marcelo Magalhães, CEO da PetroRecôncavo, e Caetano Machado, CEO da Mandacaru, de um painel sobre a retomada das atividades onshore na Rio Oil & Gas, nesta quinta-feira (29/09).

“Pretendemos duplicar a produção. Atualmente, extraímos uma média de 45 mil barris de produção e queremos chegar em 2026 com cerca de 100 mil barris anuais, mais que duplicando a nossa capacidade”, disse Savini.

Caetano Machado destacou que, apesar da modalidade estar retomando o fôlego, é preciso flexibilizar os custos operacionais para viabilizar os poços. A utilização da energia dos ventos como fonte limpa e renovável vem se tornando uma aliada das principais empresas na redução da emissão dos gases do efeito estufa e no caminho para a transição energética.

EÓLICAS OFFSHORE

A utilização da energia dos ventos como fonte limpa e renovável vem se tornando uma aliada das principais empresas na redução da emissão dos gases do efeito estufa e no caminho para a transição energética. A Gerente de Desenvolvimento de Negócios da TotalEnergies, Fernanda Scoponi, disse, durante a apresentação “Wind Offshore Business” que o “Brasil possui vasta extensão da linha costeira, profundidade das águas disponíveis e a força dos ventos para o desenvolvimento dessa fonte de energia”.

 

PREMIADOS

PRÊMIO PLÍNIO CANTANHEDE EDIÇÃO 2022

UPSTREAM

TYRA TOPSIDE DECOMMISSIONING USING STEAM CASE STUDY

AUTORES: Jan Erik Eriksen e Gustavo Eiras Geraldes Duarte (IKM Testing)

 

MIDSTREAM E DOWNSTREAM

UM MODELO AUTÔNOMO NAS OPERAÇÕES DE CAMINHÕES-TANQUES NOS TERMINAIS DE DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEIS

AUTORES: Izabelle Maria Anolin Bastos Gomes, Davi de Franca Carneiro, Felipe Leite Fagundes, João Guilherme Lisboa, Vicente Ferrer do Carmo, Eduardo Pedreira Porfiro, Marcos Vinicius de Miranda, Marcos Vinícios Gonçalves, Ulisses Cypriano dos Santos, Claudia Reigada Marques de Vasconcelos (Vibra Energia)

 

GÁS NATURAL E ENERGIA

INDICADORES DE COMPETITIVIDADE REGULATÓRIA DE GÁS NATURAL NOS ESTADOS BRASILEIROS

AUTORES: Natália Seyko Inocencio Aoyama, Juliana Rodrigues de Melo Silva e Adrianno Farias Lorenzon (Abrace)

 

TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

A NEW APPLICATION FOR SCAL & PVT TO MANAGE, ANALYZE, SIMULATE & INTEGRATE DATA THROUGHOUT THE ROCK AND FLUID CHARACTERIZATION WORKFLOW

AUTORES: Sofia Pamplona Bittencourt, Vinicius Girardi Silva e Igor Tibes Ghisi (ESSS – Engineering Simulation And Scientific Software)

 

ESG

ESG NA INDÚSTRIA DE OLEO E GAS – IMPORTANCIA DA MENTORIA NA DIVERSIDADE DE GÊNERO

AUTORAS: Keurrie Cipriano e Carla Rosa Cabral (Petrobras)

 

TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

OPÇÕES TECNOLÓGICAS PARA OPERAÇÃO DA REFINARIA ABREU E LIMA EM UM CENÁRIO DE BRASIL CO2 NEUTRO EM 2025

AUTORES: Aline Teixeira de Carvalho, Pedro Rua Rodriguez Rochedo, Alexandre Szklo e Roberto Schaeffer (Coppe/UFRJ)

 

MENÇÃO HONROSA EDIÇÃO 2022

 

UPSTREAM

NOVA TECNOLOGIA COVALLOX – O SEGREDO MAIS BEM GUARDADO ATÉ AGORA

AUTOR: Leonardo Mukim ee Moraes (Jotun)

 

MIDSTREAM E DOWNSTREAM

AVALIAÇÃO TÉCNICO-ECONÔMICA DO POTENCIAL DE COPROCESSAMENTO DE BIOMASSA NO PARQUE DE REFINO NACIONAL

AUTORES: Letícia Gonçalves Lorentz, Bruno Scola Lopes da Cunha, Pedro Rua Rodriguez Rochedo (Coppe/UFRJ)

 

GÁS NATURAL E ENERGIA

PRINCÍPIOS DE INTERCAMBIALIDADE DO GÁS NATURAL – CONTRIBUIÇÃO TÉCNICA PARA A ATUALIZAÇÃO DA RANP 16/2008

AUTORES: Marcelo F. Mendes (Shell), Aurelito Ramos de Oliveira Filho (Repsol), Erick Gonzales (Equinor), Leonardo Gama dos Santos e Ricardo Pinto (Petrobras), Jorge Paulo Delmonte e Marcio Valdemar Santana Teixeira (IBP)

 

TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

NATURAL LANGUAGE PROCESSING IN THE OIL & GAS INDUSTRY: CHALLENGES, APPLICATIONS AND FUTURE TRENDS

AUTORES: João Tadeu Vidal de Sousa, Marciele de Menezes Bittencourt, Anderson da Silva Brito Sacramento, Michel Silverio, Beatriz Santana Fagundes Souza de Lima, Vitor Jordão Ee Marcelo Eduardo dos Anjos (Sidi); Augusto Mello Rangel e Alvaro Abrao (Geogin)

 

TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

ENSAIOS REGULATÓRIOS VOLTADOS À DESCARBONIZAÇÃO NO SETOR DE E&P NO BRASIL

AUTORES: Jessica Barreto ee Moraes e Tabita Yaling Cheng Loureiro (ANP)

 

SOBRE A FEIRA

A Rio Oil & Gas 2022 é patrocinada por Petrobras, Ambipar Response, Equinor, Shell, TotalEnergies, Vibra, Ipiranga, Raízen, BP, Bunker One, Chevron, ExxonMobil, Karoon Energy, Modec, Galp, PETRONAS, Repsol Sinopec, 3R Petroleum, Acelen, Siemens Energy, Trident Energy, Braskem, Enauta, Halliburton, McDermott, NTS, PECOM, PRIO, Salesforce, Saipem, Subsea 7, AET, Baker Hughes, DOW, Fluxys, Oracle, Perbras, Solvay, TAG, TBG, Techint, Vallourec, Wintershall Dea, Horizon-Partners, Ultracargo, Weatherford e WTW. O evento ainda tem a Apex-Brasil como parceira no espaço “O&G Partnership Lounge” e a United Airlines como companhia aérea oficial.