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Quando o ciclo de 2020 da Trilha Empreendedora – o projeto de voluntariado do setor de óleo e gás – foi iniciado, em fevereiro daquele ano, com um evento de lançamento na sede do IBP, ninguém poderia imaginar que, um mês depois, todos seriam obrigados a se readaptar.

Mesmo assim, o projeto, realizado em parceria com a Junior Achivement, uma ONG de educação empreendedora para jovens, e a Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro (SEEDUC) – se ajustou ao mundo virtual com números expressivos.

Confira a seguir a entrevista com Carlos Victal, Gerente de Sustentabilidade do IBP, sobre as mudanças que a pandemia impôs ao voluntariado e a edição de 2021 da Trilha Empreendedora, que traz o lema “Inspirando as futuras gerações de profissionais da indústria de O&G”. O novo ciclo do programa será lançado para associados do Instituto, por meio de um webinar, nesta quinta-feira, dia 04 de março, das 14h às 15h. As inscrições podem ser feitas aqui.

1- O que motivou o lema deste ano?

A certeza de que este projeto está efetivamente motivando jovens alunos do ensino médio a trilhar uma carreira na indústria de petróleo e gás. Umas das alunas disse: “A representatividade das mulheres em áreas que são consideradas como trabalho de homem tem nos inspirado! Muito orgulho de cada uma”. O projeto em si não tem um módulo dedicado às atividades da indústria de petróleo e gás. São os voluntários das empresas que falam para os alunos sobre o universo de trabalhos que existem no setor, seja em uma plataforma, em uma refinaria, em uma base de distribuição ou no transporte dutoviários. Mas é essencial lembrar que o principal objetivo é o aluno concluir seus estudos e, assim, reduzir a evasão escolar no Brasil.

 

2- Em 2020, a Trilha Empreendedora formou mais de 4 mil alunos de 30 escolas públicas, em 10 municípios do Rio de Janeiro. Quais são as expectativas para o ciclo de 2021?

Em 2021, serão formados os alunos que ingressaram na Trilha Empreendedora em 2019. A cada ano, cerca de 4 mil alunos entram, enquanto outros 4 mil alunos se formam, mas o projeto é muito mais ambicioso: para o novo ciclo que se inicia em 2021, a proposta é ampliar o número de 24 de escolas no projeto para 80, em 19 municípios do Estado do Rio de Janeiro e, assim, alcançar o número recorde de 11 mil alunos formados em 2023, com a participação também recorde de 1.200 voluntários.

 

3- Muitas empresas têm programas específicos de voluntariado. Na sua opinião, qual é o impacto de um projeto setorial como esse?

A Trilha Empreendedora surgiu quando as empresas da Comissão de Responsabilidade Social do IBP entenderam que a participação conjunta em uma ação iria potencializar uma determinada iniciativa social, e o voluntariado, por ser uma prática agregadora de pessoas, despontou como a melhor alternativa naquele momento para, inclusive, unir todo o setor de petróleo e gás. Havia na comissão empresas com programas internos bem estruturados e desenvolvidos, que serviram de benchmark; outras com ideias e dúvidas operacionais e regulatórias, principalmente na área trabalhista; e aquelas que utilizaram a Trilha Empreendedora para desenvolver seu programa de voluntariado. Após o primeiro ano, algumas empresas passaram a investir em outras iniciativas de voluntariado de forma individual, mas também permaneceram no projeto compartilhado do IBP pela oportunidade de fazer a diferença em conjunto com empresas até mesmo concorrentes. O Projeto Setorial de Voluntariado de Petróleo e Gás é um marco na história dessa indústria e vem colecionando experiências de vidas fantásticas para alunos e voluntários.

 

4- Por conta da pandemia, o programa foi obrigado a se readaptar para o formato digital. Além do modelo, quais mudanças você acha que a pandemia trouxe para o movimento do voluntariado?

Muitas iniciativas sociais surgiram no início da pandemia, mas somente a Trilha Empreendedora continuou a cumprir seu papel social dia a dia e levar para aqueles alunos um pouco de autoestima, de alegria e de compartilhamento de solidariedade, por meio da educação. O papel do voluntariado extrapolou seus próprios conceitos e permitiu aos voluntários ampliarem seus horizontes da vida profissional e verem que podem doar muito mais para sociedade do que já fazem no cumprimento de suas atividades laborais.