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O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) reuniu na última semana especialistas do setor para apresentar a Rio Oil & Gas 2018 para os empresários de São Paulo. Realizado na sede da Fiesp, o evento destacou o papel que o estado irá desempenhar nesse momento de retomada da indústria de petróleo, quando grande parte dos campos do pré-sal estão localizados em águas paulistas da Bacia de Santos.

“São Paulo já ocupa o segundo lugar no ranking dos maiores produtores nacionais de petróleo, respondendo por 14% dos 2,73 milhões de barris/dia produzidos no ano passado. Nesse cenário, o estado tem maior potencial de crescimento com a transformação vivida pelo setor de óleo e gás brasileiro”, explicou Jorge Camargo, presidente do Comitê Organizador da Rio Oil & Gas. “O novo cenário, aliás, traz grandes oportunidades, e o parque industrial e o dinamismo da economia de São Paulo são positivos para a indústria”, complementou.

Com o avanço da exploração dos campos do pré-sal, a representatividade de São Paulo na atividade nacional tende a aumentar ainda mais – assim como as oportunidades para o estado. De acordo com Mauro Andrade, vice presidente de Supply Chain da Statoil, os efeitos positivos virão não só pela base industrial que São Paulo já tem, mas também pela necessidade de bases de apoio marítimo e aéreo que chegará muito em breve.

“A Statoil, por exemplo, é operadora do campo de Carcará, localizado na Bacia de Santos, em águas paulistas. Nesse momento, estamos perfurando o primeiro poço exploratório desse que é o segundo maior ativo em produção da companhia. O campo tem reservas de aproximadamente 2 bilhões de barris recuperáveis”, disse Andrade. “De acordo com nosso cronograma, o início da produção está previsto para 2023/2024, o que significa um curto prazo no setor de petróleo, e obrigatoriamente fará com que a Statoil acesse o mercado fornecedor, possibilitando, inclusive, aumentar o percentual de conteúdo local no ativo”, finalizou.

Transformação da indústria de petróleo

Durante o evento, Camargo lembrou ainda o momento de transformação vivido pela indústria de petróleo no Brasil a partir da transição energética e da abertura do mercado de refino. “Essa é talvez a maior transformação da história do setor, maior ainda do que a mudança ocorrida há 20 anos com a abertura do mercado de exploração e produção”, afirmou.

São Paulo já vem demonstrando todo seu interesse em aproveitar as oportunidades trazidas por um momento como esse. “Sem o Repetro não existe indústria de petróleo no Brasil. E enquanto o Rio de Janeiro, maior produtor nacional de óleo, ainda está discutindo o tema na Câmara dos Deputados, São Paulo aderiu ao regime no dia seguinte à sanção nacional”, sentenciou Camargo.

A edição 2018 da Rio Oil & Gas é uma prova do apetite paulista pela indústria petrolífera: 35% dos expositores confirmados para o evento são de São Paulo. “Eventos como a Rio Oil & Gas são de extrema relevância, pois trazem a indústria junta para as discussões mais importantes”, disse Dirceu Abrahão, subsecretário de Petróleo e Gás do estado de São Paulo.

O evento de lançamento da Rio Oil & Gas em São Paulo contou com a presença do subsecretário de Petróleo e Gás do Estado de São Paulo, Dirceu Abrahão, do presidente do Comitê Organizador da Rio Oil & Gas, Jorge Camargo, do vice presidente de Supply Chain da Statoil, Mauro Andrade, e do diretor executivo de Desenvolvimento da Produção e Tecnologia da Petrobras, Hugo Repsold.