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Um raio-x da nova política de Conteúdo Local, abordando os impactos para a geração de emprego para novos profissionais e os desafios para a indústria de petróleo e gás nacional. Estes e outros pontos foram abordados em palestra no IBP realizada no dia 25 de abril, no Rio de Janeiro. Promovido pelo Comitê Jovem do Instituto, o debate reuniu o economista da Repsol Sinopec Vinícius Coimbra, o jovem profissional e engenheiro químico Gabriel Freitas, o coordenador de conteúdo estratégico do sistema Firjan, Thiago Valejo, e foi mediado pela especialista em Política Industrial do IBP, Nathália Balthazar.

O economista da Repsol Sinopec, Vinícius Coimbra, apresentou desde a definição do que é conteúdo local, passando pelas justificativas de ter uma política no Brasil, a exemplo de outros países, abordando exemplos mundiais como o Reino Unido e a Noruega.

“São dois países precursores se tratando de modelos de política de conteúdo local pois as empresas entenderam que o governo tinha a intenção de desenvolver a indústria nacional”. Coimbra também ressaltou a tradição de Angola desde a década de 80, iniciando as políticas de conteúdo local com foco em geração de empregos e na “angolanização” da mão de obra, reforçando que, hoje, o não cumprimento da política leva à perda de contrato e multa.

Já o engenheiro químico Gabriel Freitas recorreu ao passado da indústria de petróleo e gás, desde a década de 90, período de abertura econômica do País e também fim do monopólio do setor e a criação da Lei do Petróleo, da ANP (1998), para explicar como a política de Conteúdo Local foi pensada no Brasil. O jovem profissional também abordou as diversas mudanças na política ao longo dos últimos anos, ressaltando 2016 como o ano de sua consolidação.

Finalizando o debate, o coordenador do Sistema Firjan, Thiago Valejo, reforçou o debate atual sobre as mudanças na legislação, ressaltou os motivos que levaram à revisão da política. “Além do crescimento de movimentos nacionalistas ao redor do mundo, também houve a questão da concorrência com outros países, como o México, e a crescente preocupação ambiental e a necessidade de monetizar recursos”, afirmou.

Valejo também opinou que as novas regras são transitórias, e que nos próximos dois anos, há realmente a oportunidade de construir uma política pensada em longo prazo, ampliando o debate e incentivo às empresas e não só trazendo punições e multas. Valejo ressaltou ainda que é responsabilidade dos jovens repensar a política industrial brasileira.

Participe dos debates voltados para jovens profissionais! Fique ligado na página do IBP.