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O bate-papo é descontraído, mas as dicas – preciosas – valem para a vida toda. Profissionais renomados da área de petróleo e gás compartilharam experiências de vida e ensinamentos com centenas de jovens, na primeira sessão do Programa Profissional do Futuro. Promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), o programa de relacionamento com estudantes e universidades foi realizado nesta quarta-feira, durante a OTC Brasil 2015, no Rio de Janeiro.

Com o tema “Conversas petroleiras: um bate-papo sobre energia, carreiras, crises e oportunidades”, o programa recebeu o presidente do IBP, Jorge Camargo, o gerente de operações da ExxonMobil, Ivan Almeida, e a headhunter da Uphill, Alessandra Simões.

Na abertura do encontro, Camargo contou sobre a sua trajetória de vida, desde o início da faculdade de geologia, passando por cargos na Petrobras, Statoil até chegar à presidência do IBP. “Não foi fácil”, lembrou. “É importante que vocês tenham em mente que a gente toma decisões importantes para a vida toda quando ainda somos muito jovens. É preciso ter consciência dessas escolhas”, aconselhou.

Camargo disse ainda que o mercado de óleo e gás, principalmente no Brasil, é bastante promissor. “É uma indústria internacional e que oferece muitas oportunidades. Aqui no Brasil temos o pré-sal e o país vai continuar sendo um polo de tecnologia offshore por muito tempo. Temos uma produção de petróleo estimada e mais de 2 milhões barris por dia, mas eu enxergo um cenário com uma produção de até 6 milhões barris diariamente no futuro. Por isso, não tenho dúvidas de que este é um mercado promissor”, afirmou.

Também com a história de sua carreira como pano de fundo, Ivan Almeida ressaltou que persistência e qualificação são essenciais para quem quer entrar no mercado de óleo e gás. “Eu comecei na profissão lavando lama, literalmente. Fiquei um ano com essa tarefa de limpar pedras sujas de lama. Mas não desisti. Depois as coisas foram acontecendo, trabalhei em 25 países e agora estou aqui no Brasil”, contou. “Quem quiser permanecer nesse mercado precisa ser persistente e estudar muito”, completou.

Ao fim da sessão da manhã, a headhunter Alessandra Simões explicou o que as empresas de óleo e gás esperam de um jovem profissional e deu dicas de como se portar em entrevistas de emprego. Segundo ela, apesar da retração da economia, o setor gás ainda conta com grandes investimentos que vão abrir vagas de trabalho. “A diferença é que agora o filtro das empresas é maior. Não mais um ‘desespero’ pelo jovem que está acabando de sair da faculdade. Por isso é essencial que o profissional tenha inglês e uma boa história para contar na hora da seleção”, concluiu.