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O ministro em exercício de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, afirmou ontem (26) que a indústria de petróleo brasileira tem de ser competitiva frente a outros países e as mudanças recentes visam esse objetivo.

“O tempo do intervencionismo, que abalou o setor, ficou para trás. Temos de nos apresentar melhor para atrair investidores, como faz o México, por exemplo, num cenário global cada vez mais competitivo”, disse Pedrosa, que participou do evento Panorama Atual e Futuro da Indústria de Óleo e Gás no Brasil, promovido pelo IBP e a ABESPetro.

O ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral), também presente ao evento, afirmou que os leilões de áreas de óleo e gás previstos para esse ano já irão começar a movimentar a economia brasileira no segundo semestre deste ano.

Para Pedrosa, o segmento é um dos poucos a dinamizar de modo mais rápido a economia, pois não depende do mercado interno. “O setor está em conexão com o mundo [em preços, exportações e atração de investimentos].”

O presidente do IBP, Jorge Camargo, ressaltou os avanços recentes como as mudanças na política de conteúdo local e o fim do operador único, mas afirmou que o país tem de ser ainda mais competitivo para receber investimentos diante da forte competição global. Somente neste ano estão previstos 27 leilões ao redor do mundo.

“O mundo vive uma transição, uma revolução no setor de energia. O nosso offshore, em especial o pré-sal, está entre as reservas de mais baixo custo de produção e com grandes volumes. Não podemos perder essa oportunidade”, afirmou Camargo.

Segundo o presidente do IBP, o pré-sal é viável com o petróleo na faixa de US$ 50 o barril, patamar similar do shale oil americano.

José Firmo, presidente da Abespetro, destacou a importância dos leilões para a indústria de fornecedores, capaz de gerar muitos empregos indiretos – oito para cada posto de trabalho direto – e o potencial de pagamento de royaties com o avanço da produção nos próximos anos – mais de R$ 1 trilhão.