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O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), presta homenagem aos ex-Presidentes do IBP Eduardo Demarchi Difini e Otto Vicente Perrone, líderes exemplares que deixam saudades e inestimável contribuição à indústria de petróleo brasileira. Ambos faleceram na última semana de dezembro.

Eduardo Demarchi Difini, que presidiu o IBP entre 1986 e 1995, detinha bastante prestígio na indústria de petróleo e estava sempre em busca de novas ideias para desenvolver e ampliar as atividades do IBP. Diretor industrial da Refinaria de Manguinhos e acionista da Metanol, Difini foi peça importante para ditar o ritmo mais intenso da atuação do instituto diante das crescentes necessidades do setor. Como coordenador da Comissão Técnica de Refinação, organizou o primeiro seminário do IBP em 1962, o Seminário de Corrosão. Seu trabalho à frente da comissão o lançou à presidência do instituto, cadeira que ocupou entre 1986 e 1994. Foi na sua gestão que o Congresso Brasileiro de Petróleo foi reformulado e se transformou na Rio Oil & Gas, hoje o maior evento de óleo e gás da América Latina.

Dono de uma carreira invejável, que inclui as principais posições executivas na Petroquisa, Copene e Abiquim, Otto Vicente Perrone assumiu a presidência do IBP em 1994, às vésperas da maior mudança na história do setor de petróleo no Brasil, período entre a abertura do mercado ao setor privado até a promulgação da Lei que regulamentava o setor, em agosto de 1997. Considerado o “pai da petroquímica brasileira”, Perrone era um profissional de grande visão estratégica, um dos principais formuladores do modelo tripartite, que permitiu a união de capital privado e estatal, nacional e estrangeiro, e assim estabeleceu as bases para a construção do parque petroquímico brasileiro.

Outras marcas da sua gestão no IBP foram a mudança da sede do Instituto para um espaço maior no edifício da Avenida Almirante Barroso e a alteração da razão social, passando a adotar também o “gás” em seu nome, simbolizando a importância que o insumo passou a ter na matriz energética nacional. Tanto Perrone quanto Difini foram peças fundamentais para a construção e consolidação do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis.