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Há exatos 20 anos, foi realizada, na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR), da Petrobras, a primeira auditoria de um Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos (SPIE). Um projeto piloto pioneiro que se transformou em um Programa de Certificação inovador.

O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) participou de todo o processo desde a sua origem e tem a sua Gerência de Certificação acreditada pelo Inmetro desde 2002, como único Organismo de Certificação de Produto (OCP) para SPIE.

O IBP celebrou este marco em um evento na sede da entidade, no último dia 29 de junho, que contou com mais de 100 participantes – dentre estes, gestores e técnicos das empresas com SPIE certificados, órgãos de governo, representações sindicais, além de atuais e ex-integrantes da Comissão de Certificação (ComCer) de SPIE, e da Comissão Nacional Técnica Tripartite da NR-13 (CNTT NR-13), responsável pelo acompanhamento da aplicação da NR-13 no Brasil.

O Presidente do IBP, Jorge Camargo, fez a abertura do evento, ressaltando o papel do IBP neste processo como “catalisador de diversos atores” e “construtor de consensos”. Também reforçou a importância do processo de certificação para a segurança e melhoria da eficiência operacional das empresas com SPIE certificados.

Na programação do evento foi apresentado um histórico global destas duas décadas de certificação de SPIE. O Gerente de Certificação do IBP, Odilon Horta, mostrou o crescimento exponencial das auditorias e empresas participantes neste período.

Em 20 anos, foram mais de 800 auditorias, 200 mil equipamentos controlados nas empresas, 1.200 profissionais envolvidos e uma equipe de 21 auditores de SPIE (ASPIE) em atividade. Somente em 2016, 65 empresas foram certificadas. “As maiores conquistas deste processo foram o aumento da confiabilidade das instalações industriais no Brasil, contribuindo decisivamente para a segurança das pessoas e preservação do meio ambiente”, disse Odilon.

A primeira equipe auditora do processo, composta pelos profissionais Edgar Rubem Pereira (Auditor Líder), José Antonio Pereira Chainho e Antonio Madureira da Silva, foi homenageada durante o evento. A REPAR também recebeu uma homenagem como primeira empresa certificada. José Carlos Cosenza, (ex-diretor da Petrobras e superintendente da REPAR à época da auditoria), ressaltou a ousadia da refinaria em participar deste desafio, como empresa piloto do processo de certificação.

A representante do Inmetro, Fátima Leone Martins, também usou a palavra pioneirismo para descrever a atuação do IBP como condutor deste processo. E agora, o Instituto olha para o futuro e trabalha para superar os desafios do SPIE para as próximas décadas.

Segundo Odilon Horta, um destes desafios é trazer outros segmentos industriais que ainda não aderiram ao processo SPIE, como siderurgia, papel e celulose, açúcar e álcool, indústria farmacêutica e alimentícia.

Este trabalho começou em 2016, quando o IBP realizou o evento “SPIE do Futuro”, fórum de debates sobre o processo de certificação de SPIE. O objetivo do fórum foi o de identificar melhorias no atual processo, bem como apontar novas soluções para os segmentos que ainda não aderiram ao SPIE.