Notícias

Competitividade, inovação e um futuro sustentável. Em busca do alinhamento desses três pilares, o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) realizou na semana passada a primeira edição do Workshop de Inovação, com discussões sobre o ambiente criativo no setor de óleo e gás e temas relevantes de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I).

Ao longo de quatro dias de debates e curso, passaram pelo evento o superintendente da Onip, Carlos Camerini; o diretor-geral da C3 Intellectual Capital Institute, Doneivan Ferreira; e o consultor de Inovação da Shell, Peter Lednor, entre outros. Uma das principais agendas levantadas foi a necessidade de recuperação de recursos do CT-Petro, fundo de arrecadação para ciência e tecnologia que perdeu vigor com a mudança na regra de distribuição de royalties para o pré-sal.

Inovação, por sinal, é um ativo que vai além do discurso e comprova em números o valor do investimento quando bem aplicado. Apesar de representarem apenas 1,7% da indústria, empresas que inovam empregam 13,2% dos profissionais e somam 25,9% do faturamento do setor, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). “Empresas que explorarem o potencial completo do big data podem alavancar em até 60% suas margens de operação nos próximos anos”, reforça Doneivan.

Conteúdo Local em debate

Ao longo dos debates também foi levantada a discussão sobre o caminho da política de conteúdo local em um ambiente que se pretende inovador. A principal conclusão é que falta definição e avaliação de objetivos.  “A política de conteúdo local consegue orientar a ação de agências de fomento e atrair investimento, por exemplo. Entretanto, faltam mecanismos de avaliação”, avalia Carlos Camerini.

O pensamento é acompanhado pelo gerente-executivo de Gestão do Conhecimento do IBP, Raimar van den Bylaardt, que ratificou a necessidade de se pensar o conteúdo local como uma política ampla. “É fundamental desenvolver o conteúdo local de forma a diminuir custos e riscos, com ganhos de competitividade e produção sustentável”, conclui Raimar.