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Em palestra no IBP, geólogo Scott Tinker destaca os desafios e mistérios da exploração de reservatórios não-convencionais

Criado em : 28 de agosto de 2018 | Atualizado em : 12 de setembro de 2018

Com o objetivo de dividir experiências e esclarecer questões importantes sobre reservatórios não-convencionais (shale gas e shale oil), o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), a Associação Brasileira de Geólogos de Petróleo (ABGP) e a SPE Brasil receberam o geólogo Scott Tinker, diretor do Bureau of Economic Geology e professor da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, para uma palestra sobre os desafios e os mistérios da exploração desse tipo de reservatório. O encontro reuniu diversos profissionais do setor, na sede do IBP, onde foi possível discutir sobre a previsão global desta fonte de energia e entender como é a realidade da exploração e produção de em outros países.

Scott mostrou como a produção de não-convencionais nos Estados Unidos e no Canadá mudou o panorama energético global. Segundo ele, as políticas de exploração e produção deste tipo de reservatórios são complexas, mas existe uma série de enigmas em torno do tema, que poucas pessoas sabem e poderiam ajudar a alavancar a produção final, que hoje representa menos de 10%.

“Os recursos globais de reservatórios não-convencionais são vastos. Além disso, converter recursos em reservas é um trabalho que envolve tecnologia, custo, infraestrutura e, principalmente, estrutura política, regulatória e econômica de um país”, explicou.

Outro ponto destacado foi o impacto para o meio ambiente local, onde a fonte é extraída e produzida. O gás natural, fonte gerada a partir de alguns tipos de reservatórios não-convencionais, substitui o carvão nas gerações de energia elétrica, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa e nocivos à saúde.

Scott Tinker também reforçou os impactos positivos que a produção de combustíveis fósseis pode trazer à economia de um país. De acordo com sua vasta experiência no setor, a capitalização da produção de não-convencionais pode variar por operador, posição dentro da Bacia, tecnologia e opções energéticas.

“É possível fazer dinheiro com esta operação. Basta termos recursos e tecnologia disponíveis para tornar o negócio viável. A produção de petróleo e o gás natural de reservatórios não-convencionais beneficia e tem um impacto transformador na economia como um todo, permitindo investimentos e melhorando a qualidade de vida humana”, concluiu Tinker.