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As macrometas para o país em relação à Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Encti) marcaram os debates durante o 1º Encontro de Inovação e Competitividade realizado pelo IBP na última quinta-feira, 3 de março, no Rio de Janeiro, com a presença do assessor técnico da Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Sávio Raeder.

Durante o evento, Raeder falou sobre a necessidade de aumentar o número de profissionais engenheiros e cientistas, contribuindo para qualificação de nossa mão de obra no setor de CT&I. “No Brasil temos cerca de 700 profissionais por milhão de habitantes, enquanto que, em países de ponta o número é de 3 mil”, afirmou.

Sobre a Estratégia, ele explicou que a ideia da Encti é estruturar um ciclo de planejamento com plano setorial específico para várias áreas da indústria no país, incluindo o setor de óleo e gás. “Após a finalização da Estratégia, em abril, colocaremos em prática estes planos setoriais, que são o desdobramento da teoria”, disse Raeder, ressaltando ainda que, segundo dados do MCTI, o tempo necessário para o Brasil atingir 2% do investimento em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), considerando a taxa média geral de crescimento, é de 34 anos.

Mais estratégia e recursos
O gerente executivo de Gestão do Conhecimento do IBP, Raimar van den Bylaardt, mostrou preocupação com o enfraquecimento do Fundo Setorial do Petróleo, o chamado CT-Petro, e do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). “Vamos montar uma estratégia para a qual precisamos ter recursos disponíveis. Em 2015, o FNDCT deixou de receber R$ 1 bi pelos royalties. Para este ano, segundo o MCTI, o CT-Petro receberá apenas cerca de R$ 230 mil para fomentar projetos do setor de P&G”, afirmou.